Mussá Tembe, de calça branca, em cima e, actualmente, em baixo.
Quando ainda jovem lembrei-me um dia de ir inscrever-me para a ginástica na Associação Africana, situada então ao lado da Pastelaria Chilena, na Avenida 24 de Julho e também perto do Cinema S. Miguel. Maravilhava-me com um atleta-professor que lá dava instrucção, o Mussá Tembe.
Nunca me esqueci das habilidades do Mussá em todos os aparelhos, de tal forma que ginástica significava, para mim, "Mussá Tembe". Não sei se para mostrar que era bom mesmo mas o Mussá presenteava-nos, de quando em vez, com a descida e subida das escadas que iam do patamar térreo até ao primeiro andar, salão de ginástica e bailes, sempre em pino. Não era tarefa fácil para qualquer um outro, subir em pino aquela escadaria.
A Associação Africana
Passam os anos e sobre a descolonização somam-se décadas em que me indago sobre o paradeiro de tal personalidade, chegando a prever que a tragédia se poderia ter abatido sobre ele como de muitos milhares de moçambicanos. Não, felizmente. Encontro primeiro o seu filho e que ostenta o mesmo nome, através do Facebook. Revela que o seu pai está bem e n`uma pesquisa encontro fotos e informação em que o dá como ligado ao desporto moçambicano e que tem formação académica superior ao nível de mestrado. Um sorriso de contentamento nasce em mim e reforça a certeza de que Moçambique sempre teve, tem e terá gente grande e prometedora.
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