domingo, 15 de dezembro de 2013

P`lo ódio



"Os comunistas comem criancinhas".
"Dão-te injecções atrás das orelhas", dizem em tom jocozo os comunistas sobre "O MEDO" que sempre foi incutido aos plebeus por tão nefasta gente, os comunistas. Rio-me, quando com essa me vêm. Rio-me por imaginar "o quadro" antropofágico ou/e sanitário. Até o termo "Medo" é dito por eles de forma catacúmbica, enfática, para provocar um efeito adverso (ninguém quer mostrar-se medroso. Isto é maquinação psicológica, arte em que os comunistas  dão cartas.

Não há que ter medo do Comunismo. O Comunismo até sabe a camarão, ou lagosta, sei lá. O pior é o fedor a "caviar" putrefacto que deixou nauseabundas as páginas do "diário-de-bordo" da nau global. Páginas de tormentas que de Adamastor fazem simplório palhaço.

-Nãaaaaaao, pá, nada d`isso, - sopram-me nas auriculares campânulas - isso não era Comunismo, dizem quando lhes refiro as atrocidades cometidas em nome do Comunismo. - Isso eram gajos que agiram à revelia do ideal comunista. - Ah, ok, ok, respondo. - Então não houve Comunismo no mundo e temos andado para aqui apavorados com merdas que imaginamos, quais alienados incuráveis...

Lembro-me dos meus tempos em LM em que despontavam os meus primeiros três pêlos no cicatrizado queixo e que eu tratava como se de tesouro irrepetível, cheio d`estimas e dedicados cuidados, corria o ano de 75, ano de fervorosos revolucionários saídos das caixas de detergente que antes ofereciam o Pluto, índios ferozes e cowboys justiceiros.

Lembro de como esses neo-revolucionários tentarem minar-me a pinha com libertadoras doutrinas em que "os fins justificam os meios", e liam Marx e os poemas de Mao, adoravam Che como a virgem adora maçaroca por comer. - Não podemos deixar até de denunciar os sabotadores, traidores, contra-revolucionários, nem que sejam os nossos (falsos, segundo os comunistas) amigos, os nossos familiares, tios, primos e até irmãos ou pais, industriavam os pulhas “revolucionários”. E houve quem lhes tivesse obedecido e f...... familiares, amigos e todos quantos acharam que lhes serviriam os interesses, fossem eles quais fossem .

Foi a partir de um d`esses dias em que tentaram envenenar-me que impus um "- Não, estes filhos de uma putíssima mula nunca de mim farão asno, o asno com que contam para os carregar às costas!". Tinha eu 15 anos na época, 1975. Ainda não mudei um milímetro na minha posição.

E os comunas, hoje, lá continuam, bífidos, com a ancestral ladaínha "humanista". E eu rio-me, rio-me com gosto da lata beatiforme.

O "Génio-dos-génios", o dinástico comuna Kim Jon-un, cabeça d`ananás que mais parece um sempre-em-pé, mandou fuzilar o tio. O tio que o formou, alto quadro do PC Coreano. E à memória me vieram os tempos da Frelimo, em Lourenço Marques, Moçambique, descritos aqui logo acima, em que nem amigos e família deveriam  contar para nada, . E também que "estes gajos não são comunistas". Procuro chamar-hes "capitalistas". Não bate certo. Chamo-lhes também nazis. Também não bate. E "humanistas". Ainda menos, aí então é que não bate. Experimento, assim como que cheio de dúvidas, inseguro, sabendo d`antemão que vou errar mas mesmo assim aventuro-me e chamo-lhes "comunistas". E, afinal, não é que é uma luvinha? Bate certinho, sem sombra em lado algum. É isso. Afinal é isso, tá certo. Matou o tio. A namorada já tinha “marchado” também à frente das Kalash, acho que por bailar e cantar, dizem as crónicas.

O Comunismo liberta, dos corpos as almas.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Club de Pesca...


... em Maputo, ex-Lourenço Marques.

Mandela...


... faleceu ontem, 5 de Dezembro de 2013. Este fatídico dia deveria ser globalmente comemorado como o "Mandela Day" e ser feriado mundial.
 
O mundo curva-se perante este vulto que a consciência global reconhece como Mestre Humanista. Mandela pedia que não o vissem senão como um ser humano comum, que não o julgassem santo. Ele - mais que ninguém - saberia das razões para isso mas para o mundo resta o exemplo que a sua vida pública foi, e essa vida foi exemplar e fonte de ensinamento para todos quantos amam o Humanismo.
Descansa em paz, Mandela, e obrigado.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Carradas...


   ... de histórias ocultas por contar, desabafando ao Sol.

Submarino...


   ... "Barracuda", agora em exposição ao lado da fragata "D. Fernando e Glória", em Cacilhas, Almada.

Auto-retrato...


... do autor d`este espaço, eu, às primeiras horas do dia na Costa da Caparica.

Escultura...


   ... em arame tendo como fundo uma janela debruçada sobre Lisboa. Fazia parte - a escultura - de uma exposição no Palácio da Cêrca, em Almada (velha).

Lourenço Marques


Foto cuja autoria desconheço mostrando a Av: D. Luís a partir da escadaria da Câmara Municipal.
Ao fundo, do outro lado da baía, a Catembe.


Fragata...


   ... D. Fernando e Glória, exposta em Cacilhas na doca-sêca do extinto estaleiro-naval da Parry & son.

Praça da República...


   ... em Viana do Castelo. O edifício situado à esquerda é o antigo hospital, onde nasci.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estação do Oriente


N`uma fria noite d`inverno, a beleza da geometria estrutural.

Antes e depois.

  
A net tem d`estas maravilhas, o acesso a imagens que dificilmente estariam ao nosso dispôr. No caso em questão é uma velha foto de Gungunhana e Mouzinho de Albuquerque. Depois de editada no Black Magic e PS CS5 e a maravilha dá-se. Vejam a diferença.
Cliquem na imagem para ampliar.


Almada...


   , agora n`uma foto com recurso a filtro infra-vermelho Cokin e posterior edição no PS CS5.

Fotografia infra-vermelhos


   Amôres-perfeitos, flôres que por si só já são de uma extrema beleza. A edição no PS CS5 e recurso à função de "falso infrared" e o resultado torna-se lindíssimo.

Flôres...

   ... que não se esgotam após o clic na máquina fotográfica. As que aparecem n`esta imagem provêm de uma fotografia que seria facilmente lançada para o lixo. Uma edição no PS CS5 e surge então uma "nova" foto, bem mais cuidada, que se torna agradável.

Pragal, em Almada.


   Foto captada com recurso ao bracketing e que oferece uns resultados surreais.

Cinema S. Miguel, Lourenço Marques.


  

   Esta imagem, tratada no Photoshpo CS5 - mostra o antigo cinema S. Miguel, convertido em Assembleia da República após a independência de Moçambique a 25 de Junho de 1975. A sua fachada, então com enorme envidraçado, foi parcialmente coberta de parede.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Atomic Rooster



   Não vou dedicar muitas palavras a este singular e belíssimo álbum dos Atomic Rooster. Apenas uma chamada de especial atenção a dois elementos da banda, o teclista Vincent Crane e a voz de Chris Farlowe, n`uma toada incomum e maravilhosa, não querendo com isto descurar a participação do baterista Ric Parnell e do guitarrista Johnny Mandala. 
  Este disco é uma absoluta jóia.